CASO DANA DE TEFFÉ: MISTÉRIO SEM SOLUÇÃO




Olá, Pessoal ...

Esse post vai relatar para vocês um caso ocorrido nos anos 60 que abalou não somente a sociedade carioca, como também o país e o seu desaparecimento até hoje é cercado de mistério.

Dana Edita Fischerova de Teffé era tcheca, falava seis idiomas e foi bailarina clássica. Perdeu sua família na Segunda Guerra Mundial e fugiu para outros países como Itália, Espanha e México.

Casou-se por três vezes, sendo que o último foi com um diplomata brasileiro Manuel de Teffé, sobrinho do Barão de Teffé cujo casamento não durou muito e divorciaram. 





E nesse processo de divórcio, conheceu um de seus advogados nada menos que Leopoldo Heitor, conhecido por muitos como Advogado do Diabo, mesmo tendo sido processado por peculato e estelionato, para Dana ele era de total confiança. Ele conseguiu para ela na justiça direito de ficar com as jóias e um apartamento no Rio de Janeiro no qual ela morou até o dia de seu desaparecimento.





A amizade entre ambos estava tão estreita que Dana não poderia imaginar que essa amizade era armadilha juntamente com uma procuração que ele também elaborou e a pediu para que assinasse alegando que era somente um processo contra o ex-marido dela. E dias antes do desaparecimento, Leopoldo comunica a Dana que ele conseguiu um emprego para ela na empresa Olivetti em São Paulo, já que ela era poliglota e isso a ajudaria muito.

No noite do dia 29 de junho de 1961, Dana de Teffé saiu de seu apartamento e entrou no carro de Leopoldo Heitor que iria levá-la para São Paulo e não foi mais vista.

Dias depois, Leopoldo Heitor retorna de "viagem" com ferimento de bala na perna e não se sabe se ele mesmo foi quem provocou o tal ferimento ou se foram supostos bandidos numa troca de tiros. E começa a partir desse momento, as versões que Leopoldo Heitor mostra para o desaparecimento de Dana de Teffé.

Já ferido na perna, a primeira versão do desaparecimento da socialite foi que no meio da viagem rumo a São Paulo, pararam num restaurante para descansar e se alimentarem Dana encontrou um velho amigo da família que disse a ela que sua mãe estava viva. Então, Dana pede a Leopoldo Heitor que vendesse todos os bens dela e providenciasse imediatamente a viagem dela para Europa para rever sua mãe.

Entretanto, essa versão começou a não ser mais convincente para os amigos de Dana e o advogado Oscar Stevenson, pois Leopoldo Heitor apresentou sinais claros de enriquecimento e em poucos dias ele ter se mudado com a família para o apartamento de Dana e sua esposa na época passou a usar as jóias de Dana que foram imediatamente reconhecidas pelos amigos próximos de Dana.

Stevenson ao ser comunicado disso através de amigos de Dana, ele deu o alerta na polícia que passou a investigar melhor o caso. Começa a partir desse momento a surgir a segunda versão do caso do desaparecimento de Dana de Teffé.

A primeira versão caiu por terra quando a notória e influente revista Cruzeiro na época tinha prestígio, se interessou pelo caso do desaparecimento de Dana e logo descobriram juntamente com a polícia que Dana de Teffé nunca chegou em São Paulo, não havia registros de viagens para Europa em seu nome e que não havia emprego para ela na Olivetti. Será que a verdade virá a tona?

Em 1962, Leopoldo Heitor foi preso sem mandato judicial e ao ser interrogado pela polícia, apresentou a segunda versão considerada mirabolante do que a primeira: No meio da viagem rumo a São Paulo, o carro dele deu um pequeno problema mecânico e parou no acostamento para arrumar e prosseguir viagem. Enquanto estava arrumando o carro, percebeu que dois homens armados aproximaram do carro e um deles ainda armado anunciou assalto. Leopoldo que tinha arma na cintura, sacou dela e começou a trocar tiros com os bandidos. Quando eles foram embora, ele viu que Dana estava ferida atingida com tiro na cabeça. Preocupado, mandou seus empregados providenciarem o enterro de Dana para evitar a repercussão negativa poderia trazer para ele.

Não demorou muito para que a segunda versão novamente fosse derrubada. Um funcionário do sítio de Leopoldo, disse a polícia que o corpo de Dana de Teffé estava enterrado no sítio dele. Só que aos poucos a operação de busca pelo corpo de Dana tornou-se uma verdadeira aventura. A cada dia surgia informações novas e nada do corpo de Dana aparecer.

No final de 1962, Leopoldo estava preso indiciado como assassino de Dana de Teffé. E durante o julgamento, surgiu a terceira versão dada por ele sobre o desaparecimento de Dana. Na noite de seu desaparecimento, alguns veículos bloquearam o seu caminho e homens armados saltaram deles apontando armas para ele e para Dana. Os homens forçaram Dana descer do carro e a levaram a força, supostamente para Europa com nome falso por esse motivo que a polícia não conseguiu localizar seu paradeiro.

Enquanto isso, Leopoldo conseguiu contornar a situação ganhando o direito de fazer sua própria defesa e que o júri popular fosse na cidade de Rio Claro. Artimanha ou não, ele acabou sendo absolvido entre 1965 e 1971. 

Em 1971, um ex-empregado de Leopoldo Heitor disse a polícia onde estava o corpo de Dana de Teffé e quando a polícia tentou reabrir o caso porém, o STF negou o pedido e mais uma vez o advogado do diabo escapou mais uma vez.

Leopoldo Heitor continuou exercendo a profissão normalmente até 2001 quando faleceu. E a sociedade ainda insiste em perguntar: Onde estão os ossos de Dana de Teffé?

Veja o vídeo abaixo para que você possa compreender melhor o caso Dana de Teffé:

clique aqui

Esse foi um relato do caso Dana de Teffé que seu desaparecimento ainda continua um mistério.

Até mais ...









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