SYLVIA LIKENS E A VIZINHA DIABÓLICA
Olá, pessoal ...
Este post traz para vocês um breve relato sobre a morte de uma adolescente que chocou os Estados Unidos e o mundo em 1965.
Se vocês gostam de crimes com toque de crueldade, sejam bem vindos e embarquem: a viagem está somente começando...
Primeiramente vamos apresentar os personagens desse crime obscuro e sombrio: a vilã Gertrude Baniszewski e a vítima adolescente que emocionou o país - Sylvia Likens.
Vamos entrar a partir desse momento na máquina do tempo para os Estados Unidos em 1929 onde tudo começou.
Gertrude Baniszewski nasceu em 1929 numa família de classe média baixa. Aos 16 anos, ela abandonou os estudos para se casar com John Baniszewski que era um policial conhecido pela sua má conduta na corporação.
O início do casamento era tudo mar de rosas e perfeito para Gertrude: um marido que zelava por ela e por sua família e dessa união nasceram quatro filhos.
Se antes o mar era para peixe, ao longo dos 10 anos se transformou em tubarões e tsunamis: o casal se divorciou por inúmeras brigas e desentendimentos.
Getrude não ficou sozinha por muito tempo, porque ela precisava de alguém para "sustentá-la". Conheceu Edward Guthrie mas o relacionamento não durou muito assim que Edward conheceu os filhos de Gertrude e se recusou a casar com ela, fugindo da responsabilidade.
Dois anos depois a recaída. Getrude e John Baniszewski se reconciliaram e o casal teve mais dois filhos. A segunda tentativa foi um fiasco e o casal se divorciou novamente em 1963.
Getrude não queria ficar sozinha ou "mal falada". Conheceu Dennis Lee Wright, casou-se com ele e teve mais um filho. E sua sorte no amor foi um fiasco novamente quando Dennis a abandonou.
Outro detalhe que não pode ser ignorado é justamente a personalidade de Getrude Baniszewski: ela ao longo da vida engravidou 13 vezes, sendo que 6 culminaram em aborto espontâneo. Sofria de bronquite e tensão nervosa, fumava e usava drogas.
Para cuidar da sua "prole" ela trabalhava como babá e passava roupas para fora.
Os filhos mais velhos cuidavam da casa e ajudava a cuidar dos irmãos mais novos se revesando nas tarefas do lar. Isso porque Gertrude não gostava de cozinhar e limpar casa.
A casa que era o cenário do crime, era grande não muito confortável e se encontrava em um estado deplorável.
Como não gostava de cozinhar, na casa de Gertrude não havia fogão e sim uma chapa de ferro para aquecer as comidas. Na ausência de comida pronta, todos tinham que comer alimentos que não precisavam ser preparados num fogão.
Não havia louças e panelas. Somente dois pratos e três garfos que eram divididos entre todos na casa.
Tudo estava indo muito bem até quando sua filha mais velha leva para sua casa uma linda adolescente chamada Sylvia Likens, que na época tinha 16 anos e era moradora do bairro.
Gertrude não se importou, pois era somente amiga de sua filha. Mas não demorou muito para que o inusitado batesse em sua porta.
Os pais de Sylvia eram artistas de circo e mudavam de cidade constantemente. E o casal teve uma infeliz ideia: deixar suas filhas aos cuidados de Gertrude Baniszewski, pagando US$ 20 semanalmente para que ela pudesse tomar conta das meninas enquanto o casal estivesse fora.
Eles pediram para que Gertrude cuidasse de Jenny, irmã de Sylvia, que era portadora de deficiência física por ter contraído poliomielite.
A partir desse momento Gertrude começou a colocar a manga de fora e mostrar de imediato o seu lado sombrio, transformando a vida de Sylvia num verdadeiro inferno.
Logo de início, os pais de Sylvia não enviaram o dinheiro conforme o combinado e Gertrude descontou toda sua ira nas hóspedes, principalmente em Sylvia o seu "alvo" favorito.
Ela simplesmente ordenou que as meninas abaixassem as calças e deitasse na cama. Ela agrediu as meninas com remo de barco.
No início os pais das meninas foram à casa de Gertrude para visitar as filhas. Mas elas foram impedidas de contar sobre a agressão sofrida na presença e ausência de Gertrude.
Meses depois, Sylvia deixou escapar que Paula Baniszewski estava grávida. Gertrude não gostou do comunicado e agrediu Sylvia com ajuda de Paula.
Pensou que parou por aqui? Leiam e preparem-se para o que está por vir...
Gertrude espalhou para vizinhança que Sylvia era prostituta e convidou os rapazes para frequentar a casa dela para visitar Sylvia constantemente. Resultado: a cada visita, Sylvia era agredida por todos os rapazes e para finalizar, em uma das visitas ela teve uma garrafa de vidro introduzida em sua vagina.
A crueldade de Gertrude Baniszewski não tinha limites quando Sylvia passou a ficar presa no porão da casa, proibindo-a de sair pelo motivo de que Sylvia de tanto sofrer agressões constantes, passou a sofrer de incontinência urinária.
O pesadelo ainda não terminou para Sylvia: No porão, Sylvia ficou sem comida, sem bebida e vestimentas. Quando chegava a hora do banho, Gertrude a banhava com água fervente e Paula passava sal grosso nas feridas.
Jenny horrorizada com as torturas constantes que Sylvia estava sofrendo, enviou uma carta pedindo ajuda para sua irmã mais velha Diana. Mas, ela não acreditou pensando que tudo era desculpa para sair de casa.
No dia 26 de outubro de 1965, Sylvia Likens foi encontrada morta no porão. Desesperados, os torturadores tentaram reanimá-la, mas sem sucesso.
Assim que os policiais chegaram no local, Jenny pediu ajuda para um policial para tirá-la dali pois iria contar tudo o que sabia sobre a morte de sua irmã.
Após o depoimento de Jenny na polícia. Todos os torturadores de Sylvia tiveram a prisão decretada sem direito de aguardar o julgamento em liberdade.
Conforme a autopsia realizada no corpo de Sylvia Likens, foi comprovado que a garota era virgem, tinha escoriações pelo corpo comprovando as torturas. A causa da morte foi por edema cerebral e choque por danos na pele. Foi observado a frase no peito da garota: "Sou prostituta e tenho orgulho disso" que segundo depoimento da irmã, foi escrito por Gertrude com agulha pontiaguda.
Paula Baniszewski foi liberada da prisão para ter seu bebê e retornou após receber alta da maternidade.
No dia do julgamento, todos estavam presentes: os torturadores e seus advogados de defesa, os familiares de Sylvia, as testemunhas que presenciaram as torturas de Sylvia e a imprensa local.
As testemunhas confirmaram as torturas que Sylvia Likens sofreu nas mãos de Gertrude, toda vez que iam na casa dela.
Marie Baniszewski que na época tinha 11 anos de idade, contou em juízo tudo o que presenciou na casa e o que sua mãe fazia e seus irmãos fizeram com Sylvia Likens.
Gertrude foi condenada a prisão perpétua por homicidio doloso e seus filhos por homicidio culposo e tortura. Os demais foram absolvidos.
Os advogados de Gertrude Baniszewski recorreram da sentença e ganhou somente 20 anos de prisão em 1971. Em 1985, ganhou a liberdade contrariando familiares de Sylvia Likens e a população da cidade conseguiu recolher mais de 4.000 assinaturas para que Gertrude permanecesse presa. A manifestação contra a liberdade foi em vão.
Em 1990, Gertrude Baniszewski morreu de câncer e o torturador de Sylvia Likens, Coy Hubbard também faleceu no mesmo ano aos 21 anos.
Esse crime hediondo inspirou Hollywood em 2007 com o filme: "Um Crime Americano":
O Caso Sylvia Likens inspirou Stephen King adaptar sua obra para o filme: "The Girl Next Door" em 2008.
Esse foi um breve relato sobre o Caso Sylvia Likens que morreu nas mãos sombrias de Gertrude Baniszewski.
Até mais ...
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