CRIMES QUE CHOCARAM O BRASIL
Olá, pessoal ...
Este post traz para vocês um mix de crimes que chocaram o Brasil. Mas, não são vítimas qualquer e sim crianças.
Toda criança gosta de doces, carinho e brincadeiras. Mas, essas da lista tiveram a infância interrompida de forma sombria. Alguns de seus crimes não solucionados e permanecem impunes.
Sejam bem vindos e embarquem: a viagem está somente começando...
1 - FERA DA PENHA:
Neide Maria Lopes (Fera da Penha)conheceu Antonio Couto Araújo e não demorou muito e eles tiveram um caso extraconjugal durante seis meses no final de 1959.
Bastou Antonio comunicar a Neide o término do relacionamento por ser casado, pai de duas filhas pequenas e não iria largar sua esposa para viver com ela para o seu plano de vingança parar nas manchetes dos jornais e chocar o Brasil pela crueldade.
Dias depois do término, Neide seguiu Antonio para descobrir onde morava e depois se aproximou de Nilza para colocar o plano de vingança em prática. Neide se fez de amiga de Nilza, frequentando sua casa e conhecer toda a rotina dela e sua família.
Não demorou muito para Neide descobrir que o ponto fraco de Antonio era a filha mais velha do casal Tania, conhecida como Taninha de 4 anos de idade. Em dois meses frequentando a casa de Nilza, Neide já estava com o seu plano arquitetado e somente faltou um detalhe os horários de Taninha na escola.
Na tarde do dia 30 de junho de 1960, Neide foi até a escola onde Taninha estudava e ludibriou uma funcionária do local para pegar a menina. Ao sair da escola com ela, Neide foi perambular com a garotinha no bairro da Penha.
Ao anoitecer, Neide matou Taninha com tiro a queima roupa e logo em seguida incendiou o corpo da menina na tentativa de ocultar o cadáver, no terreno do matadouro.
No dia seguinte, dia 1º de julho de 1960, Neide foi presa para averiguação. E durante o depoimento diante do delegado, ela negou tudo e disse que não conhecia Antonio.
Mas às 23hs do mesmo dia, ao ser notificada que o corpo de Tania foi localizado em um matadouro, sem saída, Neide confessou o crime contando todos os detalhes e o motivo do crime.
Em 1963, Neide foi julgada e condenada a 30 anos de prisão. Mas, em 1975, ela foi solta.
O túmulo onde Taninha foi sepultada, se transformou num ponto de peregrinação de fiéis que alegam ter recebido milagres e graças alcançadas através da menina.
2 - ARACELI:
Araceli Cabrera Sanchez Crespo nasceu em 2 de julho de 1964 e morreu no dia 18 de maio de 1973.
Ela morava com seus pais e seu irmão mais velho na cidade de Serra, no Espírito Santo. E Araceli estudava na capital Vitória.
Sua rotina era casa- escola, escola-casa, indo e retornando sozinha de ônibus diariamente. Tudo encaminhava muito bem até quando Araceli começou a ser assediada por Paulo Helal "tio Paulinho" que dava doces, biscoitos e uma boneca para ela. Boneca na qual Araceli não desgrudava.
Preocupada com a demora da garota chegar em casa, sua mãe pediu para a diretora que ela liberasse sua filha um pouco mais cedo, para que ela não perdesse o ônibus para sua cidade.
No dia 18 de maio de 1973, Araceli saiu mais cedo da escola para voltar para casa e estava numa lanchonete que ficava em frente ao ponto e fazia o que mais gosta enquanto o ônibus não chegava: brincar com sua boneca e brincar com o gato do dono da lanchonete.
E foi nesse exato momento que uma mulher se aproximou da menina convidando-a para ir embora para casa com o "tio Paulinho". Araceli aceitou a carona e mal podia imaginar que seria a carona da morte.
Araceli não fui levada para sua casa e sim para um cativeiro localizado em uma das propriedades do seu cúmplice Dante Michelini Junior. E nesse lugar a menina foi agredida, dopada, violentada e morta.
Eles não se preocuparam com absolutamente nada que não fosse se livrar do corpo de Araceli. A princípio colocaram o corpo da menina num refrigerador. Paulo Helal providenciou um ácido capaz de corroer cadáveres e jogou na parte superior do corpo de Araceli com o objetivo de que Araceli não fosse reconhecida por ninguém.
Seis dias depois, um homem que cortava o caminho por um matagal atrás do hospital infantil de Vitória, deparou-se com uma cena aterradora: o corpo de uma menina nua aparentemente deformada na parte superior do corpo. Assustado com a cena que vira, chamou a polícia imediatamente.
Como as autoridades receberam a denuncia do desaparecimento de Araceli, não demorou muito para a polícia certificar que o corpo encontrado era mesmo de Araceli. Assim que seu pai foi ao IML para fazer o reconhecimento, imediatamente reconheceu o corpo da menina como sendo de sua filha através da silhueta de um dos pés da menina.
Não pensem que a história terminou assim... Em 1976, Paulo Helal, Dante Michelini Junior e Dante Michelini foram julgados e ao longo dos anos, o processo foi arquivado e os réus absolvidos, causando indignação na sociedade capixaba que aguardava a condenação severa dos três pelo assassinato de uma menina de 8 anos de idade.
O dia 18 de maio virou símbolo de luta contra a violência e abuso infantil.
3 - CASO MENINO CARLINHOS:
Carlos Ramires da Costa, de 10 anos, morava com seus pais e seis irmãos numa casa localizada na zona sul do Rio de Janeiro.
Mas, a noite do dia 2 de agosto de 1973, marcou para sempre vida dessa família. Carlos e sua família, exceto seu pai e dois irmãos caçulas, estavam em casa assistindo televisão quando repentinamente, a luz da casa foi apagada.
A mãe preocupada com a segurança dos filhos, pediu para que todos fossem para o quarto e esperassem lá até a luz voltar. Sua irmã mais velha foi até o quadro de luz para religar o fusível aparentemente desligado e foi impedida por um homem com lenço no rosto e um revólver na mão.
Ela entrou com ele para dentro de casa e perguntou pelo menino caçula na casa. O caçula em questão era o Carlinhos que estava somente de bermuda preta.
Em poucos minutos ele foi retirado a força de sua casa aos prantos e gritando para que ele não fosse embora de sua casa e sua mãe acalmando o garoto disse para ele ficar tranquilo que ele iria voltar.
Antes de sair com o garoto, o homem misterioso deixou o bilhete com as instruções para o resgate, indicando a quantia, local e horário da entrega do resgate.
Durante as investigações, o bilhete da instrução do resgate foi publicado nos jornais da época e a mídia estava presente no dia e horário do resgate. E ninguém apareceu no local.
Carlinhos nunca mais apareceu e uma pergunta está até hoje sem resposta: Onde está o menino Carlinhos?
4 - CASO ANA LÍDIA:
Ana Lídia Braga tinha 7 anos de idade e morava com seus pais Eloysa e Alvaro Braga que eram funcionários público federal e tinha mais dois irmãos mais velhos.
Era superprotegida e nunca andava desacompanhada. Ia e voltava da escola sempre com seus pais e responsáveis por ela. Gostava muito de ler e naquela semana ganhou dois livros de presente dos pais, também gostava de brincar com os papagaios do colégio e de tocar piano.
No dia 11 de setembro de 1973, Ana Lídia foi deixada na escola pelos seus pais para mais um dia de aula corriqueiro. Enquanto aguardava o sinal do colégio tocar, seu irmão foi até a escola e pegou a menina.
Essa cena foi acompanhada de longe pelo jardineiro do colégio. Segundo ele, a garota o conhecia e não esboçou qualquer reação adversa ao sair com ele do local. Ana Lídia saiu do colégio para ser levada para a morte.
Após dias de buscas por toda a cidade de Brasília, a polícia recebe um telefonema anônimo comunicando que havia um corpo de uma menina loira na vala da Universidade de Brasília.
Ao chegarem no local, as autoridades policiais depararam com marcas de pneu de moto, camisinhas e o corpo semi enterrado na vala.
Ao longo das investigações mais descobertas: quem tirou Ana Lídia do colégio foi o seu irmão e padrinho Álvaro Henrique que tinha dívidas de drogas com um traficante chamado Raimundo Lacerda Duque e para quitar a dívida, entregou Ana Lídia para a morte.
Mais nomes envolvidos no crime não demoraram a aparecer: Alfredo Buzaid Junior, filho do Ministro da Justiça; Eduardo Ribeiro Resende, filho do senador Eurico Resende na época.
Eles foram presos, julgados e o processo acabou arquivado e todos eles absolvidos e o crime permaneceu impune há mais de 40 anos.
5 - CHACINA DA CANDELÁRIA:
A Igreja da Candelária fica no centro do Rio de Janeiro, um dos cartões postais da cidade.
Na época da chacina, as crianças dormiam sempre em grupos com os adultos para se sentirem seguras e protegidas. Tudo mudou na noite de 23 de julho de 1993.
O grupo estava dormindo no local tranquilamente quando dois carros chegam no local. E de dentro deles saíram homens armados e encapuzados em direção do grupo que dormia.
Sem dizer uma palavra, começaram a atirar contra esse grupo. Acreditando que todos estavam mortos, resolveram sair rapidamente do local.
Na chacina, oito vítimas fatais sendo que dois tinham idade de 18 anos e outro de 19 anos.
O depoimento de um dos sobreviventes ajudou o Ministério Público a solucionar o caso. Como ele sofreu um atentado em 1994 na estação Central do Brasil, foi colocado no programa de proteção às testemunhas e posteriormente saiu do país com o auxílio do governo federal.
Em 1994, sete policiais militares foram julgados e condenados. Dois policiais que participaram da chacina não foram julgados e condenados por falta de prova para ambos.
Um ano após a chacina, foi erguido um monumento em homenagem às vítimas da chacina com uma cruz de madeira com o nome de todos que perderam suas vidas.
Outro sobrevivente da chacina apareceu sete anos mais tarde nos jornais como sequestrador da linha 174 no Rio de Janeiro: Sandro Barbosa dos Santos.
6 - ISABELLA NARDONI:
Não há quem não se lembre desse crime que chocou o país.
No dia 29 de março de 2008, Isabella Nardoni foi encontrada caída e muito ferida no jardim do Edifício London na zona norte de São Paulo a menina não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada da ambulância ao local.
Ao longo das investigações, os investigadores não demoraram muito para descobrir toda a verdade: Isabella Nardoni foi agredida pela madrasta Ana Carolinna Jatobá e pelo seu pai Alexandre Nardoni e foi ele quem subiu com a menina até o apartamento do casal, rasgou a tela de proteção da janela que ficava no sexto andar e em seguida jogou a própria filha pela janela.
Ana Carolinna Jatobá e Alexandre Nardoni foram presos no dia em que Isabella completaria 6 anos de idade.
Em 2010, o casal foi julgado e condenado pelos crimes praticados.
7 - CRIME DA MALA VERSÃO INFANTIL:
Vocês devem estar estranhando o título, mas não o conteúdo...
Esse crime chocou Curitiba e o país pela brutalidade contra uma menina de apenas 9 anos de idade.
Rachel Lobo de Oliveira Genofre, morava com sua mãe em Curitiba. Tinha uma vida normal como qualquer criança de sua idade. Sua rotina era casa - escola - escola - casa. Ia e voltava da escola todos os dias sozinha de ônibus. Assim como o caso da menina Araceli. E o mais importante: todos a conheciam e não havia perigo algum no trajeto.
Mas, no dia 3 de novembro de 2008, tudo mudou. Rachel saía da escola após o término das aulas, aproximadamente às 17h30 e estava no portão da escola se despedindo dos colegas e desapareceu misteriosamente sem deixar rastros.
Na manhã do dia 5 de novembro de 2008, uma mala foi encontrada embaixo da escadaria na Rodoviária de Curitiba. Um grupo de indígenas utilizavam o espaço para vender seus artesanatos quando encontraram a mala abandonada.
Pensando que alguém esqueceu a bagagem, um deles decidiu entregar a mala para o setor de achados e perdidos. Mas, estranhou o peso anormal da bagagem e chamou o funcionário da rodoviária e ao abrir a mala, tratava-se de Rachel. O corpo da menina estava esquartejado o tronco vestido com o uniforme da escola, os membros havia marcas de agressão e o pescoço marca de esganadura.
Começa a partir desse momento o mistério: Como Rachel morreu? Quem matou Rachel?
Mas a disputa de investigação policial entre policia civil e departamento de homicídios de Curitiba, fez com que o caso permanecesse em segredo de justiça e perguntas sem resposta para a família da menina e para a sociedade.
8 - CASO JOAQUIM:
Quem não se lembra desse rostinho angelical desse menino? E o que aconteceu com ele comoveu a cidade e o país.
Na madrugada do dia 5 de novembro de 2013, Joaquim Marques Pontes de apenas três anos de idade desapareceu "misteriosamente" na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A mãe Natália Pontes e o padrasto Guilherme Longo acionaram a polícia aparentemente "preocupados" com o sumiço do menino.
Ao longo da investigação, não demora muito para descobrir a face obscura da família "preocupada". Joaquim Pontes de três anos de idade, tinha diabetes e tomava insulina. A câmera de segurança na proximidade da casa da família de Joaquim mostrou que na madrugada do dia 5 de novembro, um homem estava carregando um corpo de criança nos braços e em seguida aparece ao lado do córrego jogando a criança no local. Minutos depois aparece retornando para casa.
A polícia prosseguiu na investigação e detectou pela imagem das câmeras que o homem em questão era Guilherme Longo e a criança nos braços era Joaquim. E dias depois, o corpo do menino Joaquim é encontrado no rio Pardo, próximo a cidade de Barretos pelo pescador que chamou a polícia.
Outro detalhe chamou atenção durante as investigações: além do Joaquim ter diabetes e precisar tomar insulina diariamente, Guilherme Longo tinha comportamento agressivo, era usuário de drogas e conheceu sua mulher Natália Pontes na clínica onde ela trabalhava, os dois casaram e tiveram um filho. A relação entre ambos era conturbada. Guilherme era agressivo com Joaquim.
Segundo a teoria da acusação, Guilherme usou drogas na noite do crime e agrediu Joaquim com ajuda da Natália, depois Guilherme saiu com o menino nos braços em direção ao córrego. Jogou o corpo do Joaquim no córrego e voltou para casa.
Atualmente, Natália Pontes está levando uma vida normal como se nada tivesse acontecido. Guilherme Longo está desaparecido após ser solto e sua condição poderá mudar para foragido pela Justiça em breve.
9 - CASO BERNARDO:
Vocês lembram desse menino? De um simples desaparecimento a uma realidade revoltante ...
Bernardo Uglione Boldrini de 11 anos morava com seu pai, sua madrasta e meia-irmã em Três Passos no Rio Grande do Sul.
No dia 4 de abril de 2014, desapareceu "misteriosamente" deixando o casal "preocupados", fazendo anúncios em cartazes, redes sociais e jornais da cidade. Até ajuda para a polícia o casal pediu.
Ao longo das investigações, o lado obscuro da história começou a aparecer quando um policial rodoviário disse para os policiais que no dia uma mulher passou por Frederico Westphalen em alta velocidade e cuja placa do carro era de Três Passos e o menino Bernardo no banco de trás aparentemente normal brincando com seu videogame e horas depois ela retornou dirigindo sozinha no carro.
Dez dias depois do desaparecimento do menino o corpo de Bernardo foi localizado enterrado e envolvido em saco plástico. O laudo oficial no corpo de Bernardo havia alta dosagem do sedativo Midazolam.
Outro fator que ligou o casal no crime: o pai de Bernardo, Leandro Boldrini era médico cirurgião e Graciele Ugulini era enfermeira e ambos trabalhavam na clínica de Bernardo onde se conheceram e tiveram um caso enquanto Leandro era casado com Odilene Oglione, mãe de Bernardo. Após o "suicidio" da Odilene, Leandro e Graciele se casaram e tiveram uma filha.
A polícia descobriu também que a relação do casal com Bernardo era muito conturbada, o menino era maltratado e a madrasta tentou matá-lo e o pai filmava o Bernardo sendo maltratado pelo casal.
Isso acabou fazendo com que a polícia prendesse o casal principalmente pelo fato da receita assinada por Leandro prescrevendo o sedativo midazolam para Graciele comprar e aplicar em Bernardo, levando a crer que o crime foi planejado pelo casal.
Segundo acusação, o casal planejou a morte de Bernardo por interesse na herança do menino deixada por Odilene.
Atualmente o casal e a amiga de Graciele estão presos. Não há data para o julgamento.
Essa foi somente uma lista de crimes que chocaram o país envolvendo crianças.
Até mais ...
Este post traz para vocês um mix de crimes que chocaram o Brasil. Mas, não são vítimas qualquer e sim crianças.
Toda criança gosta de doces, carinho e brincadeiras. Mas, essas da lista tiveram a infância interrompida de forma sombria. Alguns de seus crimes não solucionados e permanecem impunes.
Sejam bem vindos e embarquem: a viagem está somente começando...
1 - FERA DA PENHA:
Neide Maria Lopes (Fera da Penha)conheceu Antonio Couto Araújo e não demorou muito e eles tiveram um caso extraconjugal durante seis meses no final de 1959.
Bastou Antonio comunicar a Neide o término do relacionamento por ser casado, pai de duas filhas pequenas e não iria largar sua esposa para viver com ela para o seu plano de vingança parar nas manchetes dos jornais e chocar o Brasil pela crueldade.
Dias depois do término, Neide seguiu Antonio para descobrir onde morava e depois se aproximou de Nilza para colocar o plano de vingança em prática. Neide se fez de amiga de Nilza, frequentando sua casa e conhecer toda a rotina dela e sua família.
Não demorou muito para Neide descobrir que o ponto fraco de Antonio era a filha mais velha do casal Tania, conhecida como Taninha de 4 anos de idade. Em dois meses frequentando a casa de Nilza, Neide já estava com o seu plano arquitetado e somente faltou um detalhe os horários de Taninha na escola.
Na tarde do dia 30 de junho de 1960, Neide foi até a escola onde Taninha estudava e ludibriou uma funcionária do local para pegar a menina. Ao sair da escola com ela, Neide foi perambular com a garotinha no bairro da Penha.
Ao anoitecer, Neide matou Taninha com tiro a queima roupa e logo em seguida incendiou o corpo da menina na tentativa de ocultar o cadáver, no terreno do matadouro.
No dia seguinte, dia 1º de julho de 1960, Neide foi presa para averiguação. E durante o depoimento diante do delegado, ela negou tudo e disse que não conhecia Antonio.
Mas às 23hs do mesmo dia, ao ser notificada que o corpo de Tania foi localizado em um matadouro, sem saída, Neide confessou o crime contando todos os detalhes e o motivo do crime.
Em 1963, Neide foi julgada e condenada a 30 anos de prisão. Mas, em 1975, ela foi solta.
O túmulo onde Taninha foi sepultada, se transformou num ponto de peregrinação de fiéis que alegam ter recebido milagres e graças alcançadas através da menina.
2 - ARACELI:
Araceli Cabrera Sanchez Crespo nasceu em 2 de julho de 1964 e morreu no dia 18 de maio de 1973.
Ela morava com seus pais e seu irmão mais velho na cidade de Serra, no Espírito Santo. E Araceli estudava na capital Vitória.
Sua rotina era casa- escola, escola-casa, indo e retornando sozinha de ônibus diariamente. Tudo encaminhava muito bem até quando Araceli começou a ser assediada por Paulo Helal "tio Paulinho" que dava doces, biscoitos e uma boneca para ela. Boneca na qual Araceli não desgrudava.
Preocupada com a demora da garota chegar em casa, sua mãe pediu para a diretora que ela liberasse sua filha um pouco mais cedo, para que ela não perdesse o ônibus para sua cidade.
No dia 18 de maio de 1973, Araceli saiu mais cedo da escola para voltar para casa e estava numa lanchonete que ficava em frente ao ponto e fazia o que mais gosta enquanto o ônibus não chegava: brincar com sua boneca e brincar com o gato do dono da lanchonete.
E foi nesse exato momento que uma mulher se aproximou da menina convidando-a para ir embora para casa com o "tio Paulinho". Araceli aceitou a carona e mal podia imaginar que seria a carona da morte.
Araceli não fui levada para sua casa e sim para um cativeiro localizado em uma das propriedades do seu cúmplice Dante Michelini Junior. E nesse lugar a menina foi agredida, dopada, violentada e morta.
Eles não se preocuparam com absolutamente nada que não fosse se livrar do corpo de Araceli. A princípio colocaram o corpo da menina num refrigerador. Paulo Helal providenciou um ácido capaz de corroer cadáveres e jogou na parte superior do corpo de Araceli com o objetivo de que Araceli não fosse reconhecida por ninguém.
Seis dias depois, um homem que cortava o caminho por um matagal atrás do hospital infantil de Vitória, deparou-se com uma cena aterradora: o corpo de uma menina nua aparentemente deformada na parte superior do corpo. Assustado com a cena que vira, chamou a polícia imediatamente.
Como as autoridades receberam a denuncia do desaparecimento de Araceli, não demorou muito para a polícia certificar que o corpo encontrado era mesmo de Araceli. Assim que seu pai foi ao IML para fazer o reconhecimento, imediatamente reconheceu o corpo da menina como sendo de sua filha através da silhueta de um dos pés da menina.
Não pensem que a história terminou assim... Em 1976, Paulo Helal, Dante Michelini Junior e Dante Michelini foram julgados e ao longo dos anos, o processo foi arquivado e os réus absolvidos, causando indignação na sociedade capixaba que aguardava a condenação severa dos três pelo assassinato de uma menina de 8 anos de idade.
O dia 18 de maio virou símbolo de luta contra a violência e abuso infantil.
3 - CASO MENINO CARLINHOS:
Carlos Ramires da Costa, de 10 anos, morava com seus pais e seis irmãos numa casa localizada na zona sul do Rio de Janeiro.
Mas, a noite do dia 2 de agosto de 1973, marcou para sempre vida dessa família. Carlos e sua família, exceto seu pai e dois irmãos caçulas, estavam em casa assistindo televisão quando repentinamente, a luz da casa foi apagada.
A mãe preocupada com a segurança dos filhos, pediu para que todos fossem para o quarto e esperassem lá até a luz voltar. Sua irmã mais velha foi até o quadro de luz para religar o fusível aparentemente desligado e foi impedida por um homem com lenço no rosto e um revólver na mão.
Ela entrou com ele para dentro de casa e perguntou pelo menino caçula na casa. O caçula em questão era o Carlinhos que estava somente de bermuda preta.
Em poucos minutos ele foi retirado a força de sua casa aos prantos e gritando para que ele não fosse embora de sua casa e sua mãe acalmando o garoto disse para ele ficar tranquilo que ele iria voltar.
Antes de sair com o garoto, o homem misterioso deixou o bilhete com as instruções para o resgate, indicando a quantia, local e horário da entrega do resgate.
Durante as investigações, o bilhete da instrução do resgate foi publicado nos jornais da época e a mídia estava presente no dia e horário do resgate. E ninguém apareceu no local.
Carlinhos nunca mais apareceu e uma pergunta está até hoje sem resposta: Onde está o menino Carlinhos?
4 - CASO ANA LÍDIA:
Ana Lídia Braga tinha 7 anos de idade e morava com seus pais Eloysa e Alvaro Braga que eram funcionários público federal e tinha mais dois irmãos mais velhos.
Era superprotegida e nunca andava desacompanhada. Ia e voltava da escola sempre com seus pais e responsáveis por ela. Gostava muito de ler e naquela semana ganhou dois livros de presente dos pais, também gostava de brincar com os papagaios do colégio e de tocar piano.
No dia 11 de setembro de 1973, Ana Lídia foi deixada na escola pelos seus pais para mais um dia de aula corriqueiro. Enquanto aguardava o sinal do colégio tocar, seu irmão foi até a escola e pegou a menina.
Essa cena foi acompanhada de longe pelo jardineiro do colégio. Segundo ele, a garota o conhecia e não esboçou qualquer reação adversa ao sair com ele do local. Ana Lídia saiu do colégio para ser levada para a morte.
Após dias de buscas por toda a cidade de Brasília, a polícia recebe um telefonema anônimo comunicando que havia um corpo de uma menina loira na vala da Universidade de Brasília.
Ao chegarem no local, as autoridades policiais depararam com marcas de pneu de moto, camisinhas e o corpo semi enterrado na vala.
Ao longo das investigações mais descobertas: quem tirou Ana Lídia do colégio foi o seu irmão e padrinho Álvaro Henrique que tinha dívidas de drogas com um traficante chamado Raimundo Lacerda Duque e para quitar a dívida, entregou Ana Lídia para a morte.
Mais nomes envolvidos no crime não demoraram a aparecer: Alfredo Buzaid Junior, filho do Ministro da Justiça; Eduardo Ribeiro Resende, filho do senador Eurico Resende na época.
Eles foram presos, julgados e o processo acabou arquivado e todos eles absolvidos e o crime permaneceu impune há mais de 40 anos.
5 - CHACINA DA CANDELÁRIA:
A Igreja da Candelária fica no centro do Rio de Janeiro, um dos cartões postais da cidade.
Na época da chacina, as crianças dormiam sempre em grupos com os adultos para se sentirem seguras e protegidas. Tudo mudou na noite de 23 de julho de 1993.
O grupo estava dormindo no local tranquilamente quando dois carros chegam no local. E de dentro deles saíram homens armados e encapuzados em direção do grupo que dormia.
Sem dizer uma palavra, começaram a atirar contra esse grupo. Acreditando que todos estavam mortos, resolveram sair rapidamente do local.
Na chacina, oito vítimas fatais sendo que dois tinham idade de 18 anos e outro de 19 anos.
O depoimento de um dos sobreviventes ajudou o Ministério Público a solucionar o caso. Como ele sofreu um atentado em 1994 na estação Central do Brasil, foi colocado no programa de proteção às testemunhas e posteriormente saiu do país com o auxílio do governo federal.
Em 1994, sete policiais militares foram julgados e condenados. Dois policiais que participaram da chacina não foram julgados e condenados por falta de prova para ambos.
Um ano após a chacina, foi erguido um monumento em homenagem às vítimas da chacina com uma cruz de madeira com o nome de todos que perderam suas vidas.
Outro sobrevivente da chacina apareceu sete anos mais tarde nos jornais como sequestrador da linha 174 no Rio de Janeiro: Sandro Barbosa dos Santos.
6 - ISABELLA NARDONI:
Não há quem não se lembre desse crime que chocou o país.
No dia 29 de março de 2008, Isabella Nardoni foi encontrada caída e muito ferida no jardim do Edifício London na zona norte de São Paulo a menina não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada da ambulância ao local.
Ao longo das investigações, os investigadores não demoraram muito para descobrir toda a verdade: Isabella Nardoni foi agredida pela madrasta Ana Carolinna Jatobá e pelo seu pai Alexandre Nardoni e foi ele quem subiu com a menina até o apartamento do casal, rasgou a tela de proteção da janela que ficava no sexto andar e em seguida jogou a própria filha pela janela.
Ana Carolinna Jatobá e Alexandre Nardoni foram presos no dia em que Isabella completaria 6 anos de idade.
Em 2010, o casal foi julgado e condenado pelos crimes praticados.
7 - CRIME DA MALA VERSÃO INFANTIL:
Vocês devem estar estranhando o título, mas não o conteúdo...
Esse crime chocou Curitiba e o país pela brutalidade contra uma menina de apenas 9 anos de idade.
Rachel Lobo de Oliveira Genofre, morava com sua mãe em Curitiba. Tinha uma vida normal como qualquer criança de sua idade. Sua rotina era casa - escola - escola - casa. Ia e voltava da escola todos os dias sozinha de ônibus. Assim como o caso da menina Araceli. E o mais importante: todos a conheciam e não havia perigo algum no trajeto.
Mas, no dia 3 de novembro de 2008, tudo mudou. Rachel saía da escola após o término das aulas, aproximadamente às 17h30 e estava no portão da escola se despedindo dos colegas e desapareceu misteriosamente sem deixar rastros.
Na manhã do dia 5 de novembro de 2008, uma mala foi encontrada embaixo da escadaria na Rodoviária de Curitiba. Um grupo de indígenas utilizavam o espaço para vender seus artesanatos quando encontraram a mala abandonada.
Pensando que alguém esqueceu a bagagem, um deles decidiu entregar a mala para o setor de achados e perdidos. Mas, estranhou o peso anormal da bagagem e chamou o funcionário da rodoviária e ao abrir a mala, tratava-se de Rachel. O corpo da menina estava esquartejado o tronco vestido com o uniforme da escola, os membros havia marcas de agressão e o pescoço marca de esganadura.
Começa a partir desse momento o mistério: Como Rachel morreu? Quem matou Rachel?
Mas a disputa de investigação policial entre policia civil e departamento de homicídios de Curitiba, fez com que o caso permanecesse em segredo de justiça e perguntas sem resposta para a família da menina e para a sociedade.
8 - CASO JOAQUIM:
Quem não se lembra desse rostinho angelical desse menino? E o que aconteceu com ele comoveu a cidade e o país.
Na madrugada do dia 5 de novembro de 2013, Joaquim Marques Pontes de apenas três anos de idade desapareceu "misteriosamente" na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A mãe Natália Pontes e o padrasto Guilherme Longo acionaram a polícia aparentemente "preocupados" com o sumiço do menino.
Ao longo da investigação, não demora muito para descobrir a face obscura da família "preocupada". Joaquim Pontes de três anos de idade, tinha diabetes e tomava insulina. A câmera de segurança na proximidade da casa da família de Joaquim mostrou que na madrugada do dia 5 de novembro, um homem estava carregando um corpo de criança nos braços e em seguida aparece ao lado do córrego jogando a criança no local. Minutos depois aparece retornando para casa.
A polícia prosseguiu na investigação e detectou pela imagem das câmeras que o homem em questão era Guilherme Longo e a criança nos braços era Joaquim. E dias depois, o corpo do menino Joaquim é encontrado no rio Pardo, próximo a cidade de Barretos pelo pescador que chamou a polícia.
Outro detalhe chamou atenção durante as investigações: além do Joaquim ter diabetes e precisar tomar insulina diariamente, Guilherme Longo tinha comportamento agressivo, era usuário de drogas e conheceu sua mulher Natália Pontes na clínica onde ela trabalhava, os dois casaram e tiveram um filho. A relação entre ambos era conturbada. Guilherme era agressivo com Joaquim.
Segundo a teoria da acusação, Guilherme usou drogas na noite do crime e agrediu Joaquim com ajuda da Natália, depois Guilherme saiu com o menino nos braços em direção ao córrego. Jogou o corpo do Joaquim no córrego e voltou para casa.
Atualmente, Natália Pontes está levando uma vida normal como se nada tivesse acontecido. Guilherme Longo está desaparecido após ser solto e sua condição poderá mudar para foragido pela Justiça em breve.
9 - CASO BERNARDO:
Vocês lembram desse menino? De um simples desaparecimento a uma realidade revoltante ...
Bernardo Uglione Boldrini de 11 anos morava com seu pai, sua madrasta e meia-irmã em Três Passos no Rio Grande do Sul.
No dia 4 de abril de 2014, desapareceu "misteriosamente" deixando o casal "preocupados", fazendo anúncios em cartazes, redes sociais e jornais da cidade. Até ajuda para a polícia o casal pediu.
Ao longo das investigações, o lado obscuro da história começou a aparecer quando um policial rodoviário disse para os policiais que no dia uma mulher passou por Frederico Westphalen em alta velocidade e cuja placa do carro era de Três Passos e o menino Bernardo no banco de trás aparentemente normal brincando com seu videogame e horas depois ela retornou dirigindo sozinha no carro.
Dez dias depois do desaparecimento do menino o corpo de Bernardo foi localizado enterrado e envolvido em saco plástico. O laudo oficial no corpo de Bernardo havia alta dosagem do sedativo Midazolam.
Outro fator que ligou o casal no crime: o pai de Bernardo, Leandro Boldrini era médico cirurgião e Graciele Ugulini era enfermeira e ambos trabalhavam na clínica de Bernardo onde se conheceram e tiveram um caso enquanto Leandro era casado com Odilene Oglione, mãe de Bernardo. Após o "suicidio" da Odilene, Leandro e Graciele se casaram e tiveram uma filha.
A polícia descobriu também que a relação do casal com Bernardo era muito conturbada, o menino era maltratado e a madrasta tentou matá-lo e o pai filmava o Bernardo sendo maltratado pelo casal.
Isso acabou fazendo com que a polícia prendesse o casal principalmente pelo fato da receita assinada por Leandro prescrevendo o sedativo midazolam para Graciele comprar e aplicar em Bernardo, levando a crer que o crime foi planejado pelo casal.
Segundo acusação, o casal planejou a morte de Bernardo por interesse na herança do menino deixada por Odilene.
Atualmente o casal e a amiga de Graciele estão presos. Não há data para o julgamento.
Essa foi somente uma lista de crimes que chocaram o país envolvendo crianças.
Até mais ...
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