JONESTOWN - SUICÍDIO EM MASSA OU MASSACRE?
Olá, pessoal ...
Esse post traz para vocês um fato que chocou o mundo em 1978 e um personagem notório responsável por esse show dos horrores exposto pela mídia na época: Jim Jones.
Jim Jones era um homem renomado, inovador e idealizador que conseguiu atrair atenção dos governantes e do povo pelo poder da palavra. Também a utilizou para dizimar centenas de pessoas de uma só vez.
Se vocês gostam de pessoas manipuladoras que teve um final trágico, levando consigo centenas de pessoas, sejam bem vindos e confiram pois a viagem começa a partir de agora...
JIM JONES e O SEU PODER DA PALAVRA:
Esse homem tinha de tudo para brilhar em todas as áreas, principalmente política e ações sociais, mas, preferiu jogar tudo para o alto em nome da ganância e egocentrismo, já que se considerava um "missionário" utilizando algo poderoso: PODER DA PALAVRA.
Com ela, ele arrastou multidões e ganhou fãs notórios da política e ao longo dos anos, esse poder mostrou para si mesmo seu lado sombrio.
Oriundo de Indiana, Estados Unidos, nasceu em 1931 filho de um veterano da Primeira Guerra Mundial e de uma fanática religiosa que acreditou ter dado à luz a um messias.
Sua infância não foi nada fácil e seus pais se separaram no meio de uma crise mundial. Pois na sua infância calhou justamente na Grande Depressão advinda da Crise de 1929 quando a bolsa de Nova Iorque quebrou, deixando milhares de americanos sem dinheiro.
Jim e seus irmãos passaram a morar com sua mãe em Richmond onde ele concluiu seus estudos em 1948.
Em 1949, Jim casou com Marceline Baldwin que era enfermeira e em 1951 o casal passou a morar em Indianápolis onde viveu por dez anos.
Desde a infância, Jim Jones se interessou por assuntos místicos e lia livros sobre assuntos sociais e políticos tendo o marxismo como livro de cabeceira.
Na juventude, Jim passou a desejar um mundo melhor e esse mundo tinha que começar numa sociedade e essa sociedade somente funcionaria perfeitamente com uma religião nova e livre.
Em 1952, Jim foi expulso do seminário devido suas ideias inovadoras sobre integração racial pois era contra a segregação racial imposta pela igreja e sociedade.
No mesmo ano, passou a trabalhar com os batistas do Sétimo Dia.
O TEMPLO DOS POVOS :
Fundado em 1954 por Jim Jones em uma cidade considerada por ele integrada racialmente, denominada Templo dos Povos: Igreja Cristã do Evangelho Pleno.
Na teoria denotava ser uma das sete maravilhas do mundo moderno, mas, nem tudo era flores nesse local.
Como todo jogo há regras, tais regras nessa igreja que não era condizente com a realidade.
Jim Jones queria poder, notoriedade, holofotes para si, para isso contou com seus "membros" para que o seu sucesso não virasse fracasso logo de início.
Mas ele queria muito mais: apoio político e da mídia para ser uma pessoa carismática e cercado de pessoas por todos os lados.
O seu poder da Palavra conseguiu abrir caminhos e bater de frente com muitos poderosos.
Em Indianápolis, ele conseguiu principalmente acabar com a segregação racial nos hospitais, departamentos públicos e restaurantes.
Em 1960, Charles Boswell o nomeou como diretor local da comissão dos direitos humanos. Como era de esperar, não ficou muito tempo no cargo pois Jim Jones e Boswell sempre entraram em atrito em ambos e acabou sendo agredido e expulso.
A FAMÍLIA ARCO - ÍRIS:
Uma das partes importantes do seu projeto do Templo dos Povos era incentivar os membros adotarem crianças de diferentes etnias criando assim, sua "Rainbow Family".
Jim Jones adotou quatro crianças de diferentes etnias para servir de exemplo para os demais membros e seguidores.
Como resultado, Jim Jones recebeu inúmeras ameaças de morte por racistas brancos. Segundo relatos oficiais, isso foi nada do que uma simples jogada de marketing elaborada pelo próprio Jones para sua pregação político-religiosa.
Para Jones Política e Religião andava de mãos dadas.
LOBO EM PELE DE CORDEIRO:
Esse dito popular encaixou muito bem ao reverendo Jim Jones, tão querido por todos em Indiana, Estados Unidos.
Mal sabiam as pessoas que o cercava que tudo não passava de armação para enriquecer e ter uma vida boa, através do seu recurso "infalível": o Poder da Palavra.
Em 1974, Jim Jones conseguiu arrendar um bom assentamento de terra em Port Kaituma, próximo a Georgetown, Guiana.
E para enviar seus membros ao assentamento, ele conseguiu convencê-los que no local seria o mundo perfeito para todos viverem felizes e livres de acordo com os princípios de Jim Jones.
Mas nem tudo foi um arco-íris no assentamento:
Em Indiana, surgiu denúncias de que Jim Jones cobrava 20% dos bens de cada membro para ingressar no seu Templo. Esposas e meninas virgens eram estupradas por Jim Jones. O pior estava por vir: quem era contra seus pensamentos e ideias dentro do Templo, era assassinado.
Nessa época, ele já tinha o assentamento e resolveu fugir para Jonestown e reforçou a segurança para que ninguém ousasse entrar ou sair de sua propriedade.
Em contra partida as regras em Jonestown ficou ainda mais severa: as pessoas eram obrigadas a trabalhar nas terras do assentamento, pois ou trabalhassem ou morreriam de fome. Não adianta fugir ou tentar fugir, pois era alvejado a queima roupa na frente de todos para servir de exemplo.
As denúncias chegaram em Jonestown em 1978 quando o congressista americano Leo Ryan as recebeu em mãos e resolveu apurar tudo visitando o local.
A essa altura Jim Jones sabia da visita do político e preparou o terreno para recepcioná-lo. Recebeu-o com muito carinho mostrou as instalações e apresentou alguns membros que ali viviam relatando ao político como era o dia a dia.
Ele não visitou o local sozinho, o político estava acompanhado de assessores, jornalistas e repórteres. No aeroporto em Guiana, o grupo foi alvejado fatalmente por membros do Templo de Jim Jones numa emboscada.
Isso ocorreu porque Jim Jones queria defender sua imagem de bom homem carismático que essa altura estava denegrida.
A tentativa de Jim Jones foi em vão quando a emboscada foi divulgada pela imprensa internacional juntamente com as denúncias partida dos ex-membros do Templo.
Em novembro de 1978, Jim Jones não aguentou a pressão da mídia em Indianápolis onde o escândalo se transformou numa bola de neve, forçando o reverendo a se mudar com a família para Jonestown e o plano era permanecer no local até que os ânimos esfriassem e a mídia o deixasse de lado por uns tempos.
Mal sabia ele que não adiantou fugir dos escândalos e que ele pagaria um preço caro pela sua imagem por ele criada.
O castelo de cartas começou a ruir aos poucos, Jim Jones colocou a culpa de tudo no anticristo e nos seus seguidores políticos para o fracasso de seus projetos e precisa ainda mais do que nunca do apoio dos membros em Jonestown para que ele pudesse recuperar sua imagem de homem caridoso e generoso.
E para proteger seus membros e seu Templo, Jim Jones comprou cápsulas em larga escala de cianeto de potássio. Ele diluiu cápsulas de cianeto de potássio no suco a ser dado para as crianças.
Como ele gostava muito das crianças, quem daria esse suco era os pais delas em nome da salvação e para que o anticristo não arrebatasse a alma das crianças e bebês.
Foi dada a largada para o suicídio em massa em Jonestown. A segunda parte do seu plano diabólico estava por vir: Jim Jones distribuiu cápsulas de cianeto de potássio para as famílias: adultos e adolescentes, onde todos deveriam tomar.
Como resultado disso, mais de 500 pessoas amanheceram mortas em Jonestown.
Jim Jones no meio das pessoas mortas deu um tiro em sua cabeça, suicidando-se.
A imprensa somente ficou sabendo disso, quando moradores arredores do Templo estranharam o silêncio e ausência de homens e mulheres trabalhando na plantação como era de costume serem observados e dos vigias que faziam ronda no local.
Ao chegarem no local a cena clássica de centenas de corpos caídos no chão ao longo do assentamento de Jim Jones. Homens, mulheres, adolescentes e crianças mortas.
Classificaram o episódio como sendo o maior suicídio em massa da história. Será que foi mesmo suicídio? Se Jim Jones distribuiu bebidas envenenadas para as crianças e cápsulas de cianeto para todos os membros, não seria mais viável denominar esse episódio como sendo massacre?
Um mês após o triste episódio em Jonestown recebeu um memorial onde na data da tragédia, são depositadas flores em homenagem às vítimas.
DO MASSACRE À FICÇÃO:
Para maiores informações e riqueza de detalhes sobre o ocorrido em Jonestown, em 1980 foi lançado um filme que relata perfeitamente tudo desde a trajetória do reverendo Jim Jones e o massacre que vitimou centenas de pessoas no local.
Quem ainda não viu, vale a pena conferir.
Até mais ...
Comentários
Postar um comentário