SERIAL KILLER: O BANDIDO DA LUZ VERMELHA





Olá, pessoal ...

Abril tem serial killer? Tem sim, esse tema nos interessa e muito.

Apresentamos a seguir mais um vilão genuinamente brasileiro que marcou história e ficou na memória dos paulistanos.

Ele conseguiu a  proeza de praticar seus crimes, deixando rastro de medo e pavor por onde passou e parar nas páginas policiais em um curto espaço de tempo.

Quem ele era e como conseguiu essa proeza ? Se vocês gostam de serial killers carismático, cruel e com fome de matar, sejam bem vindos e confiram pois a viagem começa a partir de agora...


O VILÃO:





Por acaso vocês conhecem João Acácio Pereira da Costa? 

Pode parecer estranho de início levarmos o nome ao vilão, mas, se perguntarmos: vocês conhecem o Bandido da Luz Vermelha?

Obviamente que a resposta será sim. Justamente sobre ele que iremos relatar a partir de agora. Principalmente aos nascidos nas décadas de 50, 60 e 70, lembram perfeitamente dessa figura sombria através de relatos de seus pais e familiares.

Não custa nada ler esse post e conferir a trajetória criminosa desse personagem nada piedoso, não é mesmo?

João Acácio Pereira da Costa nasceu em 1942, oriundo de Joinville, Santa Catarina.

Sua infância não foi um mar de rosas principalmente quando ficou órfão aos 4 anos de idade, ele tinha um irmão mais velho.

Os dois ficaram sob os cuidados de seu tio que tinha vida desregrada regada a bebidas e drogas. Sofria maus tratos constantemente quando este chegava em casa bêbado e agressivo.

Na adolescência fugiu de casa e passou a morar com os mendigos. Passou a praticar pequenos delitos e foi preso diversas vezes.

Em 1960, viajou para São Paulo ficando fincou raízes em Santos. Morou numa pensão, onde se passou por filho de rico fazendeiro e que estava tentando a sorte na cidade.

Assim que soube de um criminoso que usava lanterna vermelha para cometer seus crimes, aguçou sua curiosidade. Nessa época, João trabalhava por conta própria como prestador de serviços "bicos" e com o dinheiro que recebia, pagava o aluguel do seu quarto e comprar itens para montar seu personagem sombrio.

Essa face de "bom moço" prestativo e ajudando as pessoas era tudo cortina de fumaça para apagar seu currículo criminoso que estava prestes a começar...

Se antes João somente roubava, agora ele irá matar.

Diziam as más línguas que João fez pacto com diabo para que ele se tornasse frio e cruel em seus crimes. 

Na verdade, ele tinha personalidade maligna, pretendia sim cometer seus crimes desde que fossem perfeitos sem deixar pistas para a policia.

Em seu período de latência ele viajava constantemente em busca de seus alvos: luxuosas mansões com pouca movimentação e às vezes ficava perambulando nas ruas para estudar a rotina de suas presas escolhidas minuciosamente.


OS CRIMES:







Em 1966, João Acácio entrou em ação, colocando em prática todo seu plano pois para ele não bastava somente cometer crimes e ficar impune. Bastava ser rápido cruel e sair de cena sem deixar rastros.

Segundo relatos oficiais de sobreviventes dos ataques, ele agia sempre da mesma forma: entrava nas mansões, desligava a rede elétrica do imóvel e fios de telefone, além da lanterna vermelha em punho, possuía arma e punhal.

Sabia exatamente o que desejava em cada mansão que invadia: roubar jóias, relógios e dinheiro. A princípio somente entrava sem acordar ninguém.

Quando seus crimes começou a parar nos jornais, ele passou a ser mais agressivo: invadia mansões, estuprava as mulheres, roubava os pertences e se por acaso o dono da casa reagisse, não pensava duas vezes em sacar sua arma e alvejar fatalmente na frente da mulher.

Outro detalhe: antes de sair, sempre fazia suas refeições feitas pelas mulheres escolhidas por ele. Saía agindo como cavalheiro beijando a mão de cada uma delas.

Nas primeiras investidas, deixava bilhete educadamente com pedido de desculpas e em um caso peculiar, pediu gentilmente que a dona da casa dormisse de camisola, pois odiava violentar mulheres desnudas.

Sua façanha chegou ao fim e 1967 quando foi preso em Curitiba pois a essa altura, a policia revelou seu retrato falado e a identidade do algoz.

Portando uma maleta cheia de dinheiro e identidade falsa de Roberto da Silva, tentou se hospedar em um hotel simples, porém foi reconhecido e preso no local. 







Em seu depoimento confessou 130 dos 141 crimes por ele praticados e mais 4 homicídios contra 3 proprietários e um vigilante que impediu a entrada de João em uma das mansões. Ainda relatou que os homicídios e estupros eram somente uma diversão pois gostava de ver o medo no rosto de cada uma de suas vítimas.

Depois de cada crime, voltava para Santos onde gastava o dinheiro nas boates com mulheres e bebidas e fazia isso para justamente nunca ser preso com os objetos do roubo.

Por que a policia conseguiu identificá-lo? João ao sair de uma de suas cenas do crime deixou suas digitais na janela por ele entrou e saiu.

Ele foi um dos que conseguiu em curto período de tempo gerar clima de pavor, medo, pânico em uma sociedade que ainda não tinha em suas residências portões eletrônicos, câmeras de segurança ou alarmes. 

Foi julgado e condenado a 351 anos de prisão, sendo que a pena máxima no Brasil é de 30 anos. 

Saiu da prisão em 1997 e foi morar em Joinville na casa de seu irmão, porém a convivência não foi pacífica constantemente havia brigas e discussões pois João usava drogas e estava em um período de abstinência. 

Logo em seguida foi morar com um pescador da região e segundo relatos do próprio anfitrião, ele assediava a esposa e as filhas dele.

Durante uma briga o pescador alvejou fatalmente com um tiro na cabeça. 

Foi sepultado em um cemitério da cidade.




O ALGOZ NO CINEMA:







O vilão não foi esquecido por muito tempo e jamais será, pois foi uma bandido audacioso que agia na calada da noite.

Sua trajetória ganhou as telonas em 1968, tendo seu codinome como título "O Bandido da Luz Vermelha", sob direção de Rogério Sganzerla e tendo o ator Paulo Vilhaça como antagonista da vez.

Quem ainda não assistiu a película, vale a pena conferir...


O ALGOZ NA TV:






Em 2006, o algoz teve sua homenagem póstuma digna de um programa policial.

Linha Direta Justiça relatou sua vida e trajetória criminosa do Bandido da Luz Vermelha.

O ator André Gonçalves encarnou o antagonista da vez, dando vida a esse algoz.

Quem não prestigiou na época, vale a pena conferir...


INFORMAÇÕES ADICIONAIS:






Por décadas o criminoso assim como seus crimes são notórios e não podia jamais permanecer somente nos arquivos policiais, filmes e jornais.

No Museu do Crime localizado no centro de São Paulo, ele marca presença. 

E vocês? Estão esperando o que para visitar?


Esse foi o breve relato do serial killer da vez que marcou época através de seus crimes praticados.

Até mais ...











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