ANDRAUS: INCÊNDIO, MEDO E PAVOR...
O tema desse post é sobre mais um edifício de São Paulo que ardeu em chamas e que algumas pessoas não esquecem além do edifício Joelma.
Trata-se do Edifício Andraus, localizado na Avenida São João e esquina com a rua Pedro Américo, na região Central de São Paulo.
O edifício possui 32 andares, 3 elevadores, 115 andares. Sua construção durou de 1957 a 1962 no qual foi inaugurado e nomeado de Andraus que foi construído pela construtora OCIAN da família Andraus notória no ramo têxtil em São Paulo por décadas.
Tudo estava indo maravilhas após a inauguração pois o edifício recebeu empresas notórias como Petrobrás, Henkel, Siemens e a loja de Departamentos Casas Pirani quando na tarde de 24 de fevereiro de 1972, de acordo com registros da época, às 16h20, o edifício rapidamente ardeu em chamas.
Mas, como assim ardeu totalmente em chamas?
Dias antes do fatídico incêndio do Andraus, vale lembrar que nos dois primeiros andares eram ocupados por uma loja de Departamento Casas Pirani. E na marquise havia um grande luminoso da loja que naquela época era comum haver luminosos nos edifícios para propagandas de produtos e lojas na cidade toda.
Mas no Andraus, esse luminoso havia algo de diferente e fora notificado por funcionários da loja e encarregados da manutenção desse mesmo luminoso que porventura nada foi feito para evitar a tal tragédia.
Voltando ao início do incêndio: Segundo registros oficiais às 16h20, deu início ao incêndio nas Casas Pirani que ocupava subsolo, térreo e mais cinco andares de sobrelojas. Denota-se que era uma grande loja de departamentos.
Assim que os funcionários perceberam princípio de incêndio imediatamente correram para o corredor dos andares da loja para pegar os extintores no intuito de eliminar o foco do incêndio, mas, para surpresa de todos, a marquise e o térreo estavam tomados por chamas e o pior ainda estava por vir.
Isso porque os funcionários sabiam que haviam materiais inflamáveis no depósito da loja assim nas sessões de eletrodomésticos, móveis e tecidos que facilitaram a propagação do incêndio nos demais andares.
Vale lembrar também que a Casas Pirani na época, haviam 500 funcionários e todos estavam trabalhando no momento do incêndio e assim que souberam do perigo que aproximara, resolveram de imediato deixar o local e saíram apressadamente do edifício pela porta de acesso à Avenida São João.
Enquanto as pessoas restantes que trabalharam nos andares superiores ao notarem as fortes chamas ardendo violentamente, trataram de fazer o caminho inverso dos demais pois sabiam que seria inútil descer até o térreo devido a forte fumaça que encobrira a escadaria do edifício e foram rumo ao heliporto para pedirem ajuda e escaparem das chamas.
Se você achou que somente os materiais inflamáveis foram os responsáveis para um incêndio daquele porte, enganou-se. Vale lembrar que naquele dia, era uma tarde de céu limpo, sem nuvens que não fosse da fumaça do incêndio, muito quente pois era verão. Mas havia um elemento vilão dessa triste história: o forte vento que soprava naquela tarde e todos sabiam que era ele que ajudou a se alastrar para os andares superiores do Andraus.
Para piorar a situação durante a operação de resgate aos feridos e combate ao incêndio, as pessoas que não conseguiram ser resgatadas e ficaram presas nas escadarias não encontraram outra solução que não fosse se jogarem do edifício rumo à morte.
As demais conseguiram ser resgatadas de helicóptero pois o edifício havia heliporto.
Resultado da tragédia: dezesseis mortos e o número de feridos varia de 330 a 477 conforme registros da época.
Foi a primeira tragédia transmitida ao vivo pela televisão brasileira, o primeiro incêndio de grande proporção na cidade de São Paulo.
Outro fator a ser considerado foi que no edifício segundo registros da época haviam materiais de combate a incêndio suficiente porém não haviam pessoas treinadas para isso. Se houvesse o Andraus não arderia em chamas por muito tempo e em pouco tempo o incêndio nos andares inferiores não alcançaria os demais andares, mesmo com ajuda do Corpo de Bombeiros.
Após o fatídico incêndio, o local tornou alvo de casos sobrenaturais. Também ressalta que é um dos locais assombrados da cidade.
Eis os eventos que ocorrem no edifício sem motivo aparente:
- Gritos, gemidos e vozes nos corredores;
- Portas e janelas que abrem e fecham rapidamente;
- Luzes que acendem ou apagam repentinamente;
- Fenômenos poltergeist.
Os fenômenos costumam acontecer principalmente no período da noite quando há somente vigias no local.
Esse foi mais um relato de um fatídico incêndio que chocou a cidade de São Paulo e fenômenos sobrenaturais que ocorrem no local anos mais tarde.
Até Mais...
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