O DIA DOS MORTOS






Olá, pessoal ...

Esse post traz para vocês um singelo relato sobre o que há por detrás dessa data que a história não mostrou para nós.

Origem,  tradição em diversas culturas e principalmente o nosso ingrediente principal: o sobrenatural.

Se vocês gostam de relatos referentes à datas comemorativas, sejam bem vindos e confiram pois a viagem começa a partir de agora ...





ORIGEM









Ao longo da história da humanidade,  o quesito morte e funerais são celebrados de forma diversificada. Para uns são encantadores para outros representam mau agouro.

Seja qual for o significado para vocês, vale ressaltar que não custa nada conhecer as origens dessa data tão "sombria".



ANTIGUIDADE:




No Egito antigo, os funerais eram celebrados através de festas pois tratavam-se apenas de um rito de passagem para outra dimensão.







Os egípcios levavam muito à sério no quesito morte.  Vida após a morte pois o homem deixa o corpo físico para dar continuidade à sua missão iniciada em vida e após esse período ele é capaz de voltar para o mesmo corpo que deixou.






Para que isso fosse possível, o ritual da mumificação era primordial e os sacerdotes eram responsáveis tanto na preparação quanto na celebração que durava dias.

O sepultamento variava conforme classe social.  Os faraós eram direcionados para o vale dos reis assim como suas esposas e seus descendentes.

Os militares eram sepultados em locais distintos em tumbas de seus familiares.Assim como os demais.

Na civilização hindu era diferente apesar de apresentar semelhanças quanto à crença em vida após a morte.

Segundo a tradição hindu, o rio Ganges é considerado sagrado em todos os aspectos, passando de geração para gerações seguintes mantendo viva a crença de que a deusa Ganga desceu do céu para habitar as águas do rio. 








Por isso é rotineiro observar pessoas fazendo rituais e oferendas a serem deixadas em suas águas como flores, pessoas entrarem em suas águas para se banharem para se purificarem.







Também é rotineiro um quesito que nos interessa e muito: funeral. 

Como é o funeral na Índia? Antes de respondermos essa singela pergunta curiosa por sinal, iremos iniciar relato histórico.

Sim, para compreendermos algo culturalmente falando, é imprescindível entrarmos na máquina do tempo rumo à Antiguidade. 

Na Índia, conforme relatos mitológicos, uma deusa linda por sinal e apaixonada por seu amado, atravessava um dilema em sua vida: dedicar-se de corpo e alma para o seu amado esposo.







Sati era uma linda mulher, primeira esposa do deus Shiva que era muito virtuosa. Sati para os indianos significa esposa dedicada. 

Certo dia, seu marido faleceu e segundo as más línguas, não suportando a dor da perda, dedicidiu suicidar-se para ficar junto na Eternidade em sua companhia. 

Ela simplesmente se amarrou ao corpo do falecido e pediram aos sacerdotes que ateassem fogo com ela junto, mesmo eles implorando que não fizesse o tal ato. 

Em vão, morreu carbonizada juntamente com os restos mortais de Shiva. 

Seu pai Darksha, sempre desprezou a união do casal e sua mágoa carregou consigo por toda sua vida. Ela momentos antes de morrer, dedicou sua morte à ele, para quem desconhece o fato, Darksha nada mais era que seu próprio pai.

Historicamente falando, a prática se originou nos tempos dos imperadores hindus, onde esposas de guerreiros mortos nos campos de batalhas, foram obrigadas a se sacrificarem sendo amarradas ao lado dos restos mortais e consumidas às cinzas numa pira em praça pública.













E na ausência do corpo do esposo, a esposa levava consigo os pertences usados por ele a ser cremado.  Isso é válido também em casos de mortos que não tem famílias para velarem ou providenciar cerimonial, simplesmente abandonam à própria sorte nas margens do Ganges à céu aberto onde o tempo se encarrega da sua decomposição ou servirá de banquete aos animais famintos e selvagens que ali transitam entre os mortos.

Sinto desapontar a todos, mas, até mesmo um mero funeral não é um mar de rosas e as imagens nessa postagem diz por si só. 

Vale lembrar que a cremação também é praticada na Indonésia, onde é construído uma pira funerária em praça pública. 







A partir de 1884,  foi oficialmente proibido a prática do Sati em toda a Índia. Entretanto, apresentaremos a seguir o que nem sempre o que está inserido em legislação é consideravelmente respeitado. 

A sociedade indiana é dividida em castas. As castas superiores e privilegiadas levam a sério a extinção do Sáti.  Entretanto, em castas inferiores, o Sáti é praticado por questões de tolerância entre si.

As viúvas não praticantes do Sáti, sofrem o que é denominado por lá de "sobrevivência à viuvez", onde as tais viúvas não são respeitadas na sociedade, tidas como algo sem importância e muitas delas são forçadas a deixarem suas casas, famílias e a migrarem para a cidade de Vrindava, norte da Índia. 

Reza a lenda mitológica que o deus Krishna migrando constantemente na região de floresta carregando consigo uma pequena flauta onde tocava nas noites estreladas para manter contato com deuses superiores.

Certa noite enquanto tocava sua flauta, uma cuidadora de cabras  chamada  Rhada, estava passando por perto para descansar após um dia longo e cansativo.

Ele de imediato se apaixonou por ela. Tempos depois manteve relacionamento amoroso e discreto com a linda jovem pastoreira.













Vrindavan é considerada cidade sagrada onde Krishna nasceu e teve seu relacionamento amoroso de juventude e faleceu. 

Fiéis aos costumes, nem sempre o desapego material adquirido pelo marido fica com a esposa, mas seus familiares e filhos herdam automaticamente e a pobre viúva é expulsa de casa ou encaminhada para Vrindavan para ali morar definitivamente.

Passam a se vestir de branco e para sobreviverem começam a pedir esmolas às margens do rio para peregrino e sacerdotes que por ali permanecem por dias a peregrinar por migalhas de pão, que antes tinham mesa de fartura e riquezas. 

Triste fim dessas mulheres que perdem seus esposos independente da idade que tenham, perdem também consigo aos poucos suas vidas e aprendem a sobreviver por si mesmas numa sociedade em que viúvas representam azar para os homens de negócios. 

Ser mulher na Índia não é fácil, não é mesmo?



Na Idade Média, o povo tinha o costume de visitar os cemitérios para rezar pelos mártires mortos em batalhas e guerras, assim como, sepulturas de reis e rainhas. 


A partir do século XIII a Igreja Católica formalizou oficialmente o dia 2 de novembro como sendo o Dia dos Finados, Dia dos Mortos ou Dia dos Fiéis Católicos mortos, nos quais missas são celebradas fora às de Sétimo Dia como atualmente é de praxe aos católicos.



O DIA DOS MORTOS






Como mencionamos anteriormente, destacamos dentre tantas celebrações no dia 2 de novembro, o México também é o país que leva a sério essa comemoração.

A festa teve início com as Civilizações Maia e Asteca que viviam na região e tinham como costume indígena de celebrar os mortos com rituais, danças, música e oferendas que de início eram utilizadas pertence dos falecidos ou alimentos prediletos por eles quando eram vivos.

Participavam familiares, amigos e tribos e tinha duração de 3 dias, tendo início no dia 31 de outubro e termina sempre no dia 2 de novembro.

Até então é uma festa que atrai milhares de pessoas nas principais cidades mexicanas, e milhões de turistas de todo o mundo.

Porém, ao longo das décadas do século XX houve mudança quanto à data comemorativa. Respeitando a tradição e os costumes astecas, a população mexicana passou a comemorar conforme o calendário solar: tendo duração apenas de um mês início de agosto até o início de setembro. 











Nesse período, é dedicado a uma Santa nada convencional denominada de La Catrina ou simplesmente "Dama del la Muerte", que reza a tradição mexicana que era nada mais nada menos que esposa de Mitctlantecuhtli, onde todos estão inclusos nas homenagens: crianças, adolescentes e idosos. Amigos, familiares, populares e turistas são bem vindos.

Os mexicanos acreditam que nessa data os mortos vão visitar seus parentes e por isso, há a necessidade de recebê-los com alegria, música e animação. 



O QUE É OFERECIDO NA CELEBRAÇÃO?













Além do ritual tradicional asteca, não pode faltar um altar montado pelos familiares dos falecidos em suas casas e levar para a praça central da cidade oferendas para os mortos: flores, velas, fotos dos falecidos, comida, bebida, música, danças típicas.









Os convidados tem rostos desenhados de caveiras e decorados com estilo, não é a toa que atualmente observamos caveiras coloridas e mexicanas em objetos, camisetas e planos de fundo de notebook onde aqui no Brasil é adotada na comemoração do Halloween no dia 31 de outubro.

 Aos amantes de caveiras decorativas, fica a dica e experimentem...

Voltando ao nosso relato, além de terem os rostos pintados ou vestimentas que remetem à esqueletos humanos, também se vestem com mantos com gorros longos e seguram uma foice, lembrando o deus da Morte.

Quem não conheceu ou tem vontade de participar, podem providenciar uma passagem para a Cidade do México onde a comemoração é mais atrativa e sobrenatural, confiram de perto...



O LADO SOBRENATURAL DO DIA DOS MORTOS DO MÉXICO:




Aos mais corajosos, começa nesse item o lado obscuro dessa comemoração tradicional, com requintes sobrenaturais.

Se vocês acham que terminaríamos por aqui com imagens da celebração e a nossa tradicional despedida, enganaram-se.

Uma pequenina parte da sociedade mexicana que não estão satisfeitas com mera comemoração vestidos com símbolos que remetem à morte, que tal encomendar morte de desafetos?

Isso mesmo o que acabaram de ler agora... Um pequeno grupo da sociedade mexicana, costuma aproveitar o ensejo para encomendar morte dos seus desafetos à Dama del la Muerte.

Mas como eles fazem isso? Simples...

Bastam providenciar materiais nada agradável para "sepultura" dos seus inimigos, desafetos, rivais nos negócios e amor, esposas e maridos infiéis, ou até mesmo tirar uma pessoa do caminho para se dar bem na vida, onde "puxar o tapete" não funciona nesse grupo que iremos mencionar a seguir.

Afinal de contas quem é esse grupo pequeno na sociedade mexicana que costuma usar o sobrenatural para almejar o que desejam?

Nada mais são que NARCOTRAFICANTES. Sim, Traficantes de Drogas os mais famosos do México e fora dele. Facções rivais que travam guerra para se enriquecerem, infelizmente usam o sobrenatural para conseguirem tudo o que mais querem: proteção para não serem mortos ou presos pela polícia internacional e encomendar mortes de membros inferiores que os traíram ou meros  rivais que ousam cruzar o seu caminho para atrapalhar o sucesso nos negócios.

Para ter êxito e resultados mais rápidos nesse quesito sobrenatural o buraco é mais embaixo: Além de encomendar morte de desafetos em geral, eles usam a força. Isso mesmo. 












Sequestrar, torturar marcando a pele das presas, matar e oferecer o sangue derramado delas aos deuses abaixo da morte. Rituais satânicos tradicionais dos indígenas e vodu são praticados também no méxico. Misturando sangue humano e de animais, a oferenda pode ser inclusa: vísceras, cabeça do inimigo degolado, coração espetado. 

Na cova rasa onde será depositado os restos mortais dos inimigos, amarram-se cordas ou correntes junto aos ossos, impedindo que o espírito tome o corpo de volta.

Ressaltando que os sequestros nesse quesito são classificados apenas como desaparecimentos misteriosos, onde as pessoas somem sem deixar rastros. Os familiares e autoridades policiais costumam ter muita dificuldade em localizar o paradeiro das vítimas. 

E vocês, tem coragem de participar da festa dos mortos no México? 

Esse foi um singelo relato sobre o Dia dos Mortos, incluindo sua origem, tradição e celebrações.

Até mais ...

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